Vem com traços de morte
e traços de vida, olhos, nariz,
lembrava-me ao longo do tempo
tudo o que fiz e não fiz
A tua cara conhece-me
de qualquer lado.
A tua cara não me é estranha.
Mostro que não sei nada de nada,
é mesmo coisa difícil indicar o norte.
Um dia terei uma vaga lembrança
e responderei ao meu nome com um número.
Devo ser daqueles que
nos últimos instantes da vida
olhando a última cara
sobre eles debruçada pensarão
esta cara não me é estranha.
Hélder Moura Pereira ('Esta cara não me é estranha', 2003)
(rui)
e traços de vida, olhos, nariz,
lembrava-me ao longo do tempo
tudo o que fiz e não fiz
A tua cara conhece-me
de qualquer lado.
A tua cara não me é estranha.
Mostro que não sei nada de nada,
é mesmo coisa difícil indicar o norte.
Um dia terei uma vaga lembrança
e responderei ao meu nome com um número.
Devo ser daqueles que
nos últimos instantes da vida
olhando a última cara
sobre eles debruçada pensarão
esta cara não me é estranha.
Hélder Moura Pereira ('Esta cara não me é estranha', 2003)
(rui)
Etiquetas: escritos ditos e vivos
0 Linhas:
Enviar um comentário
<< linha geral