a nudez da palavra que te despe.
que treme, esquiva.
com os olhos dela te quero ver,
que não vejo.
boca na boca através de que boca
posso eu abrir-te e ver-te?
é meu receio que escreve e não o gosto
do sol de ver-te?
todo o espaço dou ao espelho vivo
e do vazio te escuto.
silêncio de vertigem, pausa, côncavo
de onde nasces, morres, brilhas, branca?
és palavra ou és corpo unido em nada?
é de mim que nasces ou do mundo solta?
amorosa confusão, te perco e te acho,
à beira de nasceres tua boca toco
e o beijo é já perder-te.
(rui)
que treme, esquiva.
com os olhos dela te quero ver,
que não vejo.
boca na boca através de que boca
posso eu abrir-te e ver-te?
é meu receio que escreve e não o gosto
do sol de ver-te?
todo o espaço dou ao espelho vivo
e do vazio te escuto.
silêncio de vertigem, pausa, côncavo
de onde nasces, morres, brilhas, branca?
és palavra ou és corpo unido em nada?
é de mim que nasces ou do mundo solta?
amorosa confusão, te perco e te acho,
à beira de nasceres tua boca toco
e o beijo é já perder-te.
antónio ramos rosa.
(rui)
Etiquetas: escritos ditos e vivos
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