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anabela duarte | delito

sábado, 20 de março de 2004


tenho uma pasta onde guardo trinta discos. não estarão lá, exactamente, as trinta rodelas mágicas mais importantes para mim, mas perto disso. ao folhear a pasta, encontrei na 2ª página o delito. peguei no disco, coloquei-o subtilmente no meu leitor de cd's, e prossegue, ainda agora, mais uma daquelas sensacionais viagens por canções enormes e tão raras. nada mais reconfortante do que o caminho começar com gestos e olhares subtis. estranho, para mim, ter sabido o porquê de subtilmente. um imaginário distante daquele que, durante quatro anos, pensei ser o da canção. há, no entanto, os pontos que se cruzam e é aí que está a essência entre o real e o imaginado. esta é daquelas canções prodigiosas, e, para nós é um prazer tão grande transportá-la para o nosso universo vagaroso e de melancolia acústica. só que o 'delito' prossegue - e quando alguém diz algures entre o sexto e o sétimo minuto de um disco que 'morrer de amor é mais bonito', faz-me sentir que o planeta phado é não só um fado futurista, como também o transbordar das lágrimas e da saudade, que partem do tejo para chegarem ao cyber-espaço. e é daí que partimos para aterrarmos nas profundezas do teatro antigo, onde o registo lírico de loosin yelav nos conduz para um cenário de gala, ao lado do cabaré cinemático de visão lynch, que nos guia por um imaginário de fantasmas e visões. segue-se o regresso a casa, com o tejo como pano de fundo, entre sinto em mim e alfama, pedaços maiores do avant-fado, intervelados pelo 'new wave' de murmúrios, adornado por fragmentos de zoofonia vocal. segue-se mangissa, e, novamente, os fantasmas e um ambiente ainda mais cortante do que em visão lynch, que encontra em ela ela a saída - a fuga é 'ela', a alucinação. com ecran reabre-se a porta da melhor pop portuguesa 80, que se fecha logo a seguir, para a recriação, entre o cabaré e o lírico, de dois clássicos: salomon song, de weill e brecht, e lili marleen, de schultz e leip. depois da viagem até ao passado, o regresso ao futuro: asiaousi, onde se percorrem outros caminhos sobre o new wave, repleto de variações vocais e com direito a incursão pelo oriente. tudo isto antes do esplendor de l'amour va bien, merci. algures a meia luz, entre a doçura e a loucura do quarto cálido e dos lençóis de seda, num enxambrar de emoções transcendentais, da melhor canção, alguma vez feita em portugal, em língua francesa. até que chega o delito final: anabela duarte despede-se de nós a cantar no chuveiro. imagem voluptuosa para um final grandioso - como todo o disco.


(rui)

anabela duarte: http://anabeladuarte.pt.vu/

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09:21
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1 Linhas:

Anonymous Anónimo escreveu:

Eis-me chegado por via do delito. Para além deste último os meus parabéns pelo blog. Brevemente constará nos meus para possibilitar (falsa modéstia) à babel alguma que me visita a possibilidade em destranhar a vossa cara.

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